30 de mai. de 2025
A Bienal das Amazônias chega a Macapá (AP) com a sexta edição da Itinerância “Bubuia: Águas como fonte de imaginações e desejos”. A mostra itinerante reúne 33 obras e 12 artistas, sendo 10 da Amazônia brasileira e dois da Amazônia internacional. A exposição da Bienal das Amazônias em Macapá começa nesta quarta-feira (4) e poderá ser visitada até o dia 8 de agosto, no Centro de Educação em Artes Visuais Cândido Portinari.
Com um recorte de obras que fizeram parte da 1° Bienal das Amazônias, em 2023, a Itinerância Bubuia em Macapá conta com diferentes manifestações artísticas, entre elas instalações, pinturas, fotografias e gravuras.
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O vernissage será realizado nesta quarta-feira (4), às 17h. A manifestação cultural “Marabaixo”, que combina elementos musicais, dançantes, sociais e culinários com o estilo literário próprio, transmitido oralmente através das cantigas, fará parte do evento de abertura. “É muito importante para a Bienal chegar ao máximo possível de cidades da Amazônia brasileira e da Amazônia internacional. Macapá, como sua posição geográfica estratégica e sua riqueza cultura, não poderia ficar de fora dessa Itinerância”, afirma a presidente da Bienal das Amazônias, Livia Condurú.
A expressão cultural é reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil e tem suas raízes nas comunidades afro-amapaenses, representando um símbolo de resistência cultural. Comemorado anualmente no estado, as festas incluem rodas, cortejos, missas e a celebração religiosa ao Divino Espírito Santo e à Santíssima Trindade.
A Itinerância Bubuia em Macapá tem Patrocínio Master de Nubank e Shell, além do apoio do Governo do Estado do Amapá. O Instituto Cultural Vale foi patrocinador máster da primeira edição da Bienal das Amazônias, e apoiador da iniciativa.
A curadora Vânia Leal conta que o recorte curatorial definido para Macapá reúne quatro artistas locais: Cristiana Nogueira, autora da instalação “Contaminações sobre a floresta”; Wallef Dias, autor do vídeoarte “Te cuida, que o rio há de fazer nossas cabeças”; Eliene Tenório, com a instalação “Arquitetura do ser: Mulheres costureiras nas Amazônias”; e Sereia Caranguejo, com a performance “Criada para criar”. A performance também fará parte do vernissage no Centro de Educação em Artes Visuais Cândido Portinari.
“O recorte foi realizado na perspectiva de trazer os quatro artistas locais, os quais adentram em poéticas de afeto, memória e resistência, assim como artistas que estão na Amazônia internacional que são da Guiana Francesa, que faz fronteira terrestre com o estado do Amapá, especificamente com a cidade de Oiapoque”, explica Vânia. “E os demais artistas selecionados fazem confluências com o território Amapaense na perspectiva de que estamos na Amazônia Negra, tão carregada de ancestralidade do Congó Favela. Uma cidade unida pelo tambor”, resume.
"Para nós tem um sentido muito forte concluir a nossa Itinerância pela Amazônia brasileira em Macapá. Terminar no Amapá tem um sentido ancenstral e cultural, como propósito de arte, cultura e trocas relacionais", conclui Vânia Leal.
A itinerância Bubuia já passou por Marabá (PA), Canaã dos Carajás (PA), São Luís (MA), Boa Vista (RR) e Manaus (AM). Após Macapá, ela seguirá para Medelin e Bogotá, na Colômbia. Mais informações no site www.bienalamazonias.org.br ou no Instagram @bienalamazonias.
Foto: Maria do Carmo - MTur Destinos
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